Modelos de sobrevivência aplicados na progressão do trabalho de parto espontâneo em dois países da África Subsaariana para a implementação da ferramenta SELMA
Resumo: Entender a progressão natural do trabalho apresenta desafios únicos na prática obstétrica atual, como a existência de uma variabilidade considerável na distribuição dos tempos necessários para avançar 1 cm de dilatação e na duração do trabalho de parto entre mulheres que tem parto vaginal sem resultados adversos ao nascimento. Baseado nestas questões, a OMS desenvolveu um projeto com objetivo de investigar questões relacionados a progressão do trabalho de parto em dois países da África Subsaariana. Apresentarei alguns métodos e modelos estatísticos, em análise de sobrevivência e técnicas de Markov, utilizados neste projeto. Sendo o objetivo das técnicas utilizadas, determinar o tempo da admissão do trabalho de parto até uma determinada dilatação e até a dilatação completa (10 cm) do colo do útero. Os modelos encontrados compõe atualmente uma ferramenta para o monitoramento do trabalho de parto.
Local: Sala 12 do Instituto de Matemática e Estatística da UFBA.
Sobre a Palestrante: Graduada em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina, Mestre em Estatística pela Universidade Federal de São Carlos e Doutora em Ciências da Computação e Matemática Computacional pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é professora da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em Inferência Paramétrica, atuando principalmente nos seguintes temas:modelos de risco (longa duração),Testes de sobrevivência acelerados; bootstrap testes; modelos de regressão, modelos de classificação. Atualmente é Secretária Geral da Associação Brasileira de Estatística (ABE).